MUKUVU
uma festa para engravidar
corações
2023/2025
Duração
Espetáculo: 60 minutos
Classificação livre
Ficha Técnica
Intérpretes criadores e musicistas:
Dêssa Souza, Iúna Augusto, Liliane Rodriguês, Mateus Rodrigues, Paloma Xavier e Renato Ihú
Músico e sonoplasta:
Gab Alves
Direção e concepção:
Paloma Xavier
Direção Musical:
Iúna Augusto
Direção Vocal:
Dêssa Souza
Dramaturgia:
Jéssica Nascimento
Olaegbé e Paloma Xavier
Composição de trilha
sonora original:
Iúna Augusto (Com colaboração de Dêssa
Souza, Gab Alves
e Renato Ihú)
Orientadora corporal e coreográfica:
Janette Santiago
Orientador de pesquisa:
Renato Ihú
Preparação física:
Mateus Rodrigues
Iluminação:
Fagner Lourenço
Cenografia:
Fagner Lourenço, Patrícia Ashanti e Paloma Xavier
Figurino:
Paloma Xavier
Costura e customização:
Solange Wohlers e Patrícia Ashanti
Produção artística e cenotécnica:
Patrícia Ashanti
Produção Executiva:
Simone Gonçalves - Pin Rolê Invenções
Artista audiovisual e fotografia:
Paulo Pereira - Teia documenta
Intérprete de libras:
Paloma Nunes
Social Mídia:
Patrícia Lima
Design Gráfica:
Camila Ribeiro
Assessoria de imprensa:
Frederico Paula
Apoio: Casa das Invenções
Agradecimentos:
Agradecemos a toda comunidade batuqueira de Piracicaba, Tietê, Capivari e Rio Claro, em especial a Anicide Toledo (em memória). Aos guardiões e guardiãs do Samba de Bumbo, Jongos, Congadas e Moçambiques. Aos coletivos que nos fortalecem no dia a dia: Bando Trapos e Via Vento Cia.. A nossas famílias e amigos que são suporte em movimento espiralar em nossas caminhadas.
Sinopse
Existe uma realidade magnífica, bela e sedutora, diante dela um grupo se apaixona. Esse é o primeiro ponto: o estado de apaixonamento. Assim, cada umbigo precisa localizar em si habilidades suficientes para agir no mundo de forma compatível com esse amor. Amando profundamente e com um compromisso de lealdade o grupo inicia o desejo de conhecer, caminha 1 milhão de anos em direção ao futuro, volta para o centro, e depois caminha 1 milhão de anos em direção ao passado. Mukuvu é uma viagem bantu umbigueira que habita jovens na banda de cá do Atlântico, danças que giram, apagam e acendem as consciências. Mukuvu é uma negrura que se pode encontrar em barrigas no estado de gestação, o escuro presente no fofo da terra que faz germinar as raízes profundas — É o preto afeto que surpreende quem escuta as histórias dos pretos e das pretas velhas entre golpes e goles de café.
#espetáculo #dança #musica


Sobre a pesquisa
Desde 2016, o Bando Mukuvu investiga através da dança e do teatro os movimentos do centro do corpo e a relação com os movimentos femininos ao seu entorno. É a partir daí que encontra a umbigada, gesto ancestral presente em danças como a Caiumba (Batuque de Umbigada), que torna-se o centro simbólico da cena, articulando aspectos físicos, históricos, políticos e culturais do ventre. As cenas são criadas a partir das memórias corporais dos intérpretes e a relação que cada um tem com sua fé e espiritualidade. É o que chamamos de “”memórias umbilicais”.
A umbigada se torna motor criativo, capaz de entrelaçar memórias, identidades e ancestralidades, incorporada transversalmente à encenação – na coreografia, música e dramaturgia – a umbigada é mais que movimento: é elo entre corpos e tempos, evocando fertilidade, encontro e continuidade.
A musicalidade, inspirada em congadas, moçambiques, caiumba, jongo e samba de bumbo, cria uma escuta ativa para o tempo espiralar. A trilha sonora combina tradições banto-sudestinas – com tambores e cantos – e sonoridades eletrônicas como guitarra, contrabaixo e MPC, compondo um ambiente híbrido que sustenta a dança e amplia a escuta.
A estética e a dramaturgia se fundamentam na filosofia Bantu, especialmente no cosmograma bakongo, a partir dos estudos apresentados por Bunseki Fu Kiau e no conceito de tempo espiralar, de Leda Maria Martins. Em cena, essas ideias não são ilustradas, mas estruturam poeticamente a narrativa, onde passado, presente e futuro coexistem de forma sensível.
O espetáculo começa com o bando chegando de uma jornada, carregando “Quissamas” – suas bagagens de memórias convocadas pelo som das cuícas, também denominadas “Mukuvu” em língua lunda, tocadas por meio de uma bateria eletrônica (MPC). A dramaturgia se constroi em solos, duos, trios e conjuntos, revelando a singularidade de cada corpo em um tempo coletivo, já que todos os artistas em cena atuam, dançam, cantam e tocam.


2025
2023


















































