Cerrado é onde nossa história começa enquanto Núcleo, onde os olhares, sonhos e visões de mundo se empareiam e decidem seguir juntos, por um mesmo caminho, sem deixar suas singularidades. Singularidades essas que fazem brotar outros e outros caminhos, com suas torções e encruzilhadas, assim como as plantas do cerrado, que tanto nos alimentam e envolvem nossas gestações.

Corpos que traduzem mundos diversos e singularmente irmanados pela relação com um espaço, com um tempo que envolve a todos. A aridez do Cerrado que revela, em suas frestas, poesia e beleza. Outros jeitos de ser e estar no mundo, que se deflagram em corpos dançantes. “Cerrado” fala dessas formas de ser e estar num dos biomas mais antigos do planeta Terra, criando a dança através das “pontes de sentido” que são construídas entre a subjetividade das intérpretes e o universo sociocultural em questão, revelando potências que moram em muitos de nós, sem que ao menos tenhamos esta clareza.

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O processo criativo do projeto Cerrado teve início em uma pesquisa realizada no cerrado mato-grossense em agosto de 2013. Deste primeiro momento de pesquisa de campo e o encontro com alunos de Música Eletrônica da Universidade Anhembi Morumbi em São Paulo originou-se o primeiro experimento cênico que foi apresentado em dezembro de 2013.